Os maiores buracos negros do Universo: gigantes que desafiam a imaginação

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Buracos negros estão entre os objetos mais fascinantes e misteriosos do cosmos. Com forças gravitacionais tão intensas que nem a luz escapa, eles despertam a curiosidade de cientistas há décadas. Abaixo, conheça os seis maiores buracos negros já identificados pela humanidade e compreenda sua importância para o entendimento do Universo.

TON 618 – Um titã entre os buracos negros

TON 618 é um dos buracos negros mais massivos já registrados. Localizado a cerca de 10,37 bilhões de anos-luz da Terra, esse colosso possui uma massa equivalente a impressionantes 66 bilhões de sóis. Seu brilho vem de um disco de gás superaquecido que gira ao seu redor, tornando-o visível mesmo a distâncias tão extremas. A magnitude desse buraco negro desafia os modelos atuais da formação de estruturas cósmicas.

S5 0014+81 – Um veterano colossal

Situado a aproximadamente 12 bilhões de anos-luz da Terra, o S5 0014+81 é outro exemplo impressionante de buraco negro supermassivo. Estima-se que sua massa seja 40 bilhões de vezes maior que a do Sol. Além de sua dimensão absurda, ele se destaca por sua idade, sendo um dos mais antigos que já foram observados. Para se ter ideia de sua escala, seu horizonte de eventos tem um diâmetro que chega a 37 vezes a órbita de Plutão ao redor do Sol.

TON 256 – Um gigante ainda mais antigo

TON 256 é outro quasar supermassivo que merece destaque na lista. Localizado a cerca de 13,1 bilhões de anos-luz da Terra, ele está entre os objetos mais antigos já identificados no Universo observável. Com uma massa estimada em 37 bilhões de sóis, TON 256 é alimentado por um disco de acreção altamente energético. Sua idade e tamanho fazem dele uma peça-chave para entender a formação das primeiras galáxias.

TON 1 – Um enigma do Universo primordial

Avançando na lista, encontramos o TON 1, um buraco negro com cerca de 15 bilhões de vezes a massa do Sol. Localizado a 10,9 bilhões de anos-luz de distância, esse quasar fornece informações valiosas sobre o Universo em seus primeiros bilhões de anos. A localização do TON 1, em uma das regiões mais remotas e antigas já observadas, permite aos astrônomos analisar as condições do cosmos muito antes do surgimento da Via Láctea.

Sagittarius A – O coração da nossa galáxia*

Ao contrário dos outros buracos negros que estão a distâncias quase inimagináveis, Sagittarius A* está localizado bem mais perto: no centro da Via Láctea. Com uma massa estimada em cerca de 4,1 milhões de vezes a do Sol, ele é relativamente pequeno comparado aos outros da lista, mas fundamental para a astrofísica. Por estar “ao nosso alcance”, os cientistas conseguem estudá-lo detalhadamente observando o movimento das estrelas próximas, o que ajudou a confirmar sua existência.

Porfírio – O colosso dos jatos cósmicos

Recentemente revelado, o buraco negro Porfírio chamou a atenção da comunidade científica não apenas por sua presença, mas pelos impressionantes jatos que emite. Foram registrados jatos de rádio com extensão de 23 milhões de anos-luz – o equivalente a 140 galáxias do porte da Via Láctea enfileiradas. A descoberta foi feita por uma equipe liderada por Martijn Oei, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, utilizando o radiotelescópio europeu LOFAR. Essa estrutura gigantesca oferece novas pistas sobre a influência dos buracos negros no espaço intergaláctico.

Compreendendo o cosmos através dos gigantes

O estudo dos buracos negros supermassivos não se limita à curiosidade científica. Eles são peças fundamentais para entender a formação de galáxias, a distribuição da matéria no Universo e os processos físicos mais extremos que existem. À medida que novas tecnologias permitem observar mais profundamente o espaço, é possível que ainda existam buracos negros ainda maiores esperando para serem descobertos. Esses gigantes cósmicos, invisíveis aos olhos, continuam moldando o entendimento que temos do Universo em que vivemos.